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sábado, 30 de abril de 2011

Isabel Guimarães: Naufrágio

3 comentários:

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  2. Na minha opinião o poema visual que aqui apresento é sonoro, simples, metafórico e que apresenta a mancha gráfica, de forma a criar a imagem de um comboio. É sonoro na medida em que nos faz lembrar o barulho de um comboio, pois durante a leitura do poema, deparamo-nos com três versos, que de facto nos fazem lembrar o som do comboio, «pouca terra, /pouca terra, / pouca terra». Simples, pois as poucas palavras que constituem este poema chegam para fazer uma interpretação assertiva, pois o poeta apresenta o seu assunto sem problemas maiores, dizendo que é uma obsessão. Penso que seja metafórico, pois apesar do facto de nos fazer lembrar o barulho de um comboio, considero que trata também o que é a vida de um poeta. Um poeta começa com rabiscos numa página, esses mesmos rabiscos tornam-se como uma forma de arte, que vai auto-promove o autor, e quando ele dá por isso já ele «vai lançado», a ir á velocidade do comboio, levando pouca terra mas muito naufrágio, muito pensamento, muita imaginação, muitos sentimentos, tal e qual como quando ficamos obsessivos com algo, apenas ponderamos fazer aquilo e nada mais.

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  3. Olá.
    Apesar de concordar com a tua opinião, eu vejo o poema de segundo uma perspectiva um pouco diferente.
    Na minha opinião, o poeta pretende transmitir que um poeta, por vezes, tem inspiração e escreve de uma maneira extraordinária e rápida, como um comboio em andamento, imparável.
    No entanto, noutras situações, o poeta é como que bloqueado, isto é, não têm inspiração, e, por isso, não escreve. Utiliza a analogia de um naufrágio, porque o poeta, tal como o marinheiro, é impedido de fazer aquilo que faz no local ou no sítio onde o faz. Isto é, o marinheiro é impedido de navegar pelo próprio mar - o naufrágio - e o poeta é impedido de escrever pela sua própria força que o motiva - a sua inspiração.

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